Controle de qualidade

Todas as partidas de Sincro eCG® passam por um rigoroso ensaio de estimulação do crescimento folicular de vacas antes da liberação para o mercado. Esse novo modelo de controle de qualidade é chamado de teste de bioatividade e é realizado na espécie-alvo do produto: a espécie bovina.

Para que o teste de bioatividade fosse desenvolvido, foi necessária uma extensa pesquisa em parceria com professores da Universidade de São Paulo (USP), com o intuito de validar o ensaio farmacopeico - usualmente realizado em ratas - para a espécie bovina.

Primeiramente, realizou-se o teste farmacopeico padrão (em ratas), consistindo em quatro grupos experimentais: Controle Negativo (sem aplicação de eCG), Controle Positivo (aplicação de 10 UI de eCG padrão internacional S75516), Sincro eCG® (aplicação de 10 UI de 5 partidas distintas de Sincro eCG®) e Produto A (aplicação de 10 UI do eCG comercial A). 3 dias após o tratamento, as ratas foram eutanasiadas e seus ovários foram dissecados e pesados (Figura 1).

Figura 1: demonstração de útero e ovários de ratas eutanasiadas 3 dias após o tratamento com diferentes eCG. Os ovários foram dissecados para posterior pesagem e avaliação do resultado.

Figura 1: demonstração de útero e ovários de ratas eutanasiadas 3 dias após o tratamento com diferentes eCG. Os ovários foram dissecados para posterior pesagem e avaliação do resultado.


Figura 2: ratas organizadas em grupos experimentais

Figura 2: ratas organizadas em grupos experimentais.

Figura 3: manipulação dos animais

Figura 3: manipulação dos animais.


Um maior peso de ovários indicaria maior crescimento folicular e, consequentemente, maior ação da eCG. Os resultados estão ilustrados no Gráfico 1:

Gráfico 1: resultados do teste farmacopeico de atividade de eCG, realizado em ratas. CN = Controle Negativo; eCG A = partida A do eCG comercial A; S1, S2, S3, S4 e S5 = diferentes partidas de Sincro eCG® testadas; CP = Controle Positivo – eCG padrão internacional S75516. (Bastos et al., Animal Reproduction, v.13, n.3, p.416, Jul/Sept. 2016).

Gráfico 1: resultados do teste farmacopeico de atividade de eCG, realizado em ratas. CN = Controle Negativo; eCG A = partida A do eCG comercial A; S1, S2, S3, S4 e S5 = diferentes partidas de Sincro eCG® testadas; CP = Controle Positivo – eCG padrão internacional S75516. (Bastos et al., Animal Reproduction, v.13, n.3, p.416, Jul/Sept. 2016).

Após a colheita dos resultados, uma partida de Sincro eCG® foi escolhida ao acaso, juntamente com a mesma partida do produto A, para realizar o estudo na espécie-alvo do produto (bovina). Dessa maneira, a bioatividade poderia ser mensurada com um simples exame de ultrassom, 3 dias após a aplicação de 1.000 UI de eCG, mensurando-se a quantidade de folículos médios e grandes e consequente taxa de superestimulação do produto. Para tal, o seguinte delineamento foi proposto:


Protocolo:

D0 - Seleção dos animais

Randomização por:

  • ECC
  • Ciclicidade
  • População folicular
  • Raça

D5 - Aplicação dos diferentes tratamentos

Para o momento do tratamento, as fêmeas são divididas nos seguintes grupos:

  • Controle Negativo (n = 10 animais; aplicação de solução fisiológica);
  • Controle Positivo (n = 10 animais; aplicação de 1.000 UI de uma preparação de eCG com bioatividade conhecida);
  • Diferentes partidas de Sincro eCG® (n = 10 animais por partida; aplicação de 1.000 UI de Sincro eCG®).

Todos os tratamentos são realizados seguindo um delineamento “cego”, no qual os colaboradores que realizam a randomização e os que aplicam os tratamentos não possuem conhecimento sobre os grupos de cada produto.


D8 - Leitura do teste

Contagem de folículos pequenos, médios e grandes de todos os animais.

Leitura do teste

* Avaliação dos ovários por US: contagem de população folicular;

** Tratamento: administração de fármacos de acordo com os grupos experimentais;

*** Avaliação dos ovários por US: contagem de população folicular.


Figura 4: delineamento do estudo de bioatividade na espécie alvo; tratamentos realizados no D5: Controle Negativo (aplicação de 5 mL de solução salina), Produto A (aplicação de 1.000 UI de eCG da mesma partida do mesmo produto identificado na Figura 1); Sincro eCG® (aplicação de 1.000 UI da partida S4 do produto Sincro eCG®).

Figura 5: exemplo de imagem ultrassonográfica de fêmea sem resposta (grupo Controle Negativo – ovário com a presença de apenas 1 folículo grande).

Figura 6: exemplo de imagem ultrassonográfica de fêmea com resposta positiva para bioatividade de eCG (partida de Sincro eCG®).


Os resultados demonstraram alta correlação entre o teste farmacopeico em ratas com o teste proposto para avaliação da bioatividade da eCG diretamente em vacas (Gráfico 2):

Gráfico 2: resultados do teste de superestimulação em vacas. CN = Controle Negativo – aplicação de 5 mL de solução salina; eCG A = aplicação de 1.000 UI do produto comercial A; S1 = aplicação de 1.000 UI de Sincro eCG® da partida S4

Gráfico 2: resultados do teste de superestimulação em vacas. CN = Controle Negativo – aplicação de 5 mL de solução salina; eCG A = aplicação de 1.000 UI do produto comercial A; S1 = aplicação de 1.000 UI de Sincro eCG® da partida S4.

A conclusão foi a de que o teste farmacopeico de atividade biológica de eCG realizado em ratas pode ser reproduzido em fêmeas bovinas com resultados semelhantes. (Bastos, MR et al., Anim. Reprod., v.13, n.3, p.416, Jul./Sept. 2016).

Desta maneira, e mantendo o seu pioneirismo, a Ourofino inseriu esse teste de bioatividade como parte do controle de qualidade em todas as partidas de Sincro eCG®, previamente à sua comercialização, reafirmando seu compromisso de seriedade com seus clientes.